"... Consultou o relógio, já passava das 19:40 h, devia
ter fechado há quarenta minutos, mas decidira esperar por Rafaela com a loja
aberta, tudo o que não precisava era estar sozinha e na penumbra, já estava
deprimida o suficiente.
- Odeio os homens, todos eles. – declarou com uma veemência nascida da
indignação e perdida em seu sofrimento, de costas para entrada, não ouviu
o sino que indicava a entrada de mais um cliente. – São todos uns egoístas,
egocêntricos, narcisistas, hedonistas e todos os “istas” negativos que puder
pensar! – desabafou – como ele pode ter feito uma coisa assim comigo Rafa? –
perguntou, mas não deu chance da amigar dizer qualquer coisa – Dez minutos,
sabe o que são dez minutos, esse foi o tempo entre eu sair, lembrar que havia deixado
o documento que tinha de apresentar ao banco, droga, o documento, esqueci
totalmente dele – ela praguejou interrompendo a narrativa.- puta merda, hoje
era o ultimo dia.
O homem parado próximo a porta se manteve calado, mas ergueu uma sobrancelha ao
ouvi-la praguejar de uma forma nada feminina..."
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