O que une duas almas? Escolhas, acaso, destino?
Para nossos personagens... bastou:
Um engarrafamento,
Uma tarde chuvosa,
Um homem tentando acertar com a mulher mais importante da sua vida!
Uma mulher decidida a eliminar os homens da sua!
E uma flor no caminho!
Degustação Insana: Leiam um trecho delicioso do livro!
Maria Flor respirou fundo, já havia chorado tanto pela manhã
que acabara afugentando vários clientes da floricultura e tudo o que ela menos
precisava era piorar o já delicado momento financeiro que seu negócio estava
passando. Consultou o relógio, já passava das 19:40 h, devia ter fechado há
quarenta minutos, mas decidira esperar por Rafaela com a loja aberta, tudo o
que não precisava era estar sozinha e na penumbra, já estava deprimida o
suficiente.
- Odeio os
homens, todos eles. – declarou com uma veemência nascida da indignação e perdida em seu sofrimento, de costas para
entrada, não ouviu o sino que indicava a entrada de mais um cliente. – São
todos uns egoístas, egocêntricos, narcisistas, hedonistas e todos os “istas”
negativos que puder pensar! – desabafou – como ele pode ter feito uma coisa
assim comigo Rafa? – perguntou, mas não deu chance da amigar dizer qualquer
coisa – Dez minutos, sabe o que são dez minutos, esse foi o tempo entre eu
sair, lembrar que havia deixado o documento que tinha de apresentar ao banco,
droga, o documento, esqueci totalmente dele – ela praguejou interrompendo a
narrativa.- puta merda, hoje era o ultimo dia.
O homem
parado próximo a porta se manteve calado, mas ergueu uma sobrancelha ao ouvi-la
praguejar de uma forma nada feminina.
- Foco Flor,
um assunto de cada vez. – Rafaela pediu no fone de ouvido – primeiro o que
aconteceu entre você e o Cássio, depois a gente pensa como resolver o problema
do banco.
Maria Flor
respirou fundo, o homem se preparou pra pigarrear anunciando sua presença,
porém ela foi mais rápida e recomeçou a ladainha de reclamações, no inicio ele
achou que ela falava sozinha enquanto mexia em porções de terra dispostas em
vários vasos, mas foi quando identificou o fone pendurado na orelha esquerda.
- Pois bem –
ela recomeçou – foram dez minutos, voltei para casa para pegar o documento e
dei de cara com o Cássio na nossa cama com a Renata, sabe a minha vizinha do
52? Eles estavam enroscados na nossa cama, não bastava ser na nossa casa, tinha
que ser na nossa cama? Tudo bem, nosso namoro não ia lá às mil maravilhas, mas
as pessoas decentes terminam a relação e partem para outra em outro lugar, o
canalha desgraçado ta pegando a minha vizinha? Sabe quantas vezes cruzo com
aquela vaca no prédio? Tenho grandes chances de vê-los atracados no elevador,
só de pensar nisso tenho vontade de cometer um assassinato – ela sabia que
dizia coisas absurdas e desconexas, mas estava pouco se importando, precisava
desabafar. – odeio os homens, são canalhas e traidores, umas doninhas, víboras
com pele de cordeiro, quer saber? Amanhã vou à igreja, me tornarei leiga
consagrada, nada mais de homens na minha vida, a castidade será meu objetivo de
vida, vou tocar meu negócio e me dedicar à oração e a penitência... eu queria
poder ter coragem suficiente para me vingar dele, eu posso contratar um garoto
de programa, o mais lindo que encontrar e vou ao restaurante preferido dele e
esfrego o bonitão na cara dele o que acha?
- Antes ou
depois do voto de castidade? – Rafaela perguntou sem conseguir disfarçar o quão
divertida estava a falta de coerência dos pensamentos da amiga.
- Você não
está ajudando sabia? – Maria Flor protestou, porém antes que ela pudesse falar
mais alguma coisa um pigarrear se fez ouvir na loja, ela se virou e se viu
olhando para um homem elegantemente
vestido.
- O que foi
isso? Tem alguém com você? – Rafaela perguntou do outro lado.
- O sino não
tocou... – foi o que conseguiu dizer, sentia-se mortificada com a possibilidade
do estranho ter ouvido algo de sua conversa. – Como entrou aqui? – perguntou
Aguardem...
Hummmmm... promete!!! Aguardando, bjs.
ResponderExcluirai fiquei de boca aberta... guardando ...porém venha logo sem demora
ResponderExcluir