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25 de jun. de 2013

Lançamento insanamente INÉDITO


Uma Flor no meu caminho

Quantas vezes esbarramos literalmente na chance de sermos felizes?
O que une duas almas? Escolhas, acaso, destino?
Para nossos personagens... bastou:
Um engarrafamento,
Uma tarde chuvosa,
Um homem tentando acertar com a mulher mais importante da sua vida!
Uma mulher decidida a eliminar os homens da sua!
E uma flor no caminho! 



Degustação Insana: Leiam um trecho delicioso do livro!

            Maria Flor respirou fundo, já havia chorado tanto pela manhã que acabara afugentando vários clientes da floricultura e tudo o que ela menos precisava era piorar o já delicado momento financeiro que seu negócio estava passando. Consultou o relógio, já passava das 19:40 h, devia ter fechado há quarenta minutos, mas decidira esperar por Rafaela com a loja aberta, tudo o que não precisava era estar sozinha e na penumbra, já estava deprimida o suficiente.
         - Odeio os homens, todos eles. – declarou com uma veemência nascida da indignação e  perdida em seu sofrimento, de costas para entrada, não ouviu o sino que indicava a entrada de mais um cliente. – São todos uns egoístas, egocêntricos, narcisistas, hedonistas e todos os “istas” negativos que puder pensar! – desabafou – como ele pode ter feito uma coisa assim comigo Rafa? – perguntou, mas não deu chance da amigar dizer qualquer coisa – Dez minutos, sabe o que são dez minutos, esse foi o tempo entre eu sair, lembrar que havia deixado o documento que tinha de apresentar ao banco, droga, o documento, esqueci totalmente dele – ela praguejou interrompendo a narrativa.- puta merda, hoje era o ultimo dia.
         O homem parado próximo a porta se manteve calado, mas ergueu uma sobrancelha ao ouvi-la praguejar de uma forma nada feminina.
         - Foco Flor, um assunto de cada vez. – Rafaela pediu no fone de ouvido – primeiro o que aconteceu entre você e o Cássio, depois a gente pensa como resolver o problema do banco.
         Maria Flor respirou fundo, o homem se preparou pra pigarrear anunciando sua presença, porém ela foi mais rápida e recomeçou a ladainha de reclamações, no inicio ele achou que ela falava sozinha enquanto mexia em porções de terra dispostas em vários vasos, mas foi quando identificou o fone pendurado na orelha esquerda.
         - Pois bem – ela recomeçou – foram dez minutos, voltei para casa para pegar o documento e dei de cara com o Cássio na nossa cama com a Renata, sabe a minha vizinha do 52? Eles estavam enroscados na nossa cama, não bastava ser na nossa casa, tinha que ser na nossa cama? Tudo bem, nosso namoro não ia lá às mil maravilhas, mas as pessoas decentes terminam a relação e partem para outra em outro lugar, o canalha desgraçado ta pegando a minha vizinha? Sabe quantas vezes cruzo com aquela vaca no prédio? Tenho grandes chances de vê-los atracados no elevador, só de pensar nisso tenho vontade de cometer um assassinato – ela sabia que dizia coisas absurdas e desconexas, mas estava pouco se importando, precisava desabafar. – odeio os homens, são canalhas e traidores, umas doninhas, víboras com pele de cordeiro, quer saber? Amanhã vou à igreja, me tornarei leiga consagrada, nada mais de homens na minha vida, a castidade será meu objetivo de vida, vou tocar meu negócio e me dedicar à oração e a penitência... eu queria poder ter coragem suficiente para me vingar dele, eu posso contratar um garoto de programa, o mais lindo que encontrar e vou ao restaurante preferido dele e esfrego o bonitão na cara dele o que acha?
         - Antes ou depois do voto de castidade? – Rafaela perguntou sem conseguir disfarçar o quão divertida estava a falta de coerência dos pensamentos da amiga.
         - Você não está ajudando sabia? – Maria Flor protestou, porém antes que ela pudesse falar mais alguma coisa um pigarrear se fez ouvir na loja, ela se virou e se viu olhando para um  homem elegantemente vestido.
         - O que foi isso? Tem alguém com você? – Rafaela perguntou do outro lado.
         - O sino não tocou... – foi o que conseguiu dizer, sentia-se mortificada com a possibilidade do estranho ter ouvido algo de sua conversa. – Como entrou aqui? – perguntou



Aguardem...

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